domingo, 16 de janeiro de 2011

“COMO EU AMO VOCÊ?”


Élder Jeffrey R. Holland
Do Quórum dos Doze Apóstolos
Discursos da Universidade
Brigham Young 1999–2000,pp. 158–162

Quero falar esta manhã sobre o amor semelhante ao
de Cristo e o que acho que isso deve significar em suas
amizades, encontros, namoro sério e, por fim, no
casamento.
Abordo esse assunto sabendo muito bem que, como
uma mulher que acabara de se tornar noiva me disse
há menos de um mês: “Todo mundo tem muitos conselhos para dar!” Não quero ficar repetindo
conselhos batidos sobre o romance, mas creio que abaixo apenas de sua condição de membros da Igreja,
sua “participação no casamento” é a mais importante associação que terão nesta vida e na eternidade—e para os fiéis, o que não acontecer nesta vida irá acontecer na eternidade. Portanto, espero que me perdoem por oferecer-lhes, sim, mais conselhos. Mas quero que seja um conselho tirado das escrituras e do evangelho. Um conselho que seja tão básico para a vida quanto para o amor—um conselho igualmente aplicável a homens e mulheres. Ele nada tem a ver com as tendências ou modas da época, ou recursos publicitários, mas tem tudo a ver com a verdade.

Portanto, gostaria de colocar suas amizades e namoros, e por fim seu casamento, no contexto das escrituras e falar-lhes sobre o que entendo por amor verdadeiro.

Depois de um longo e maravilhoso discurso de Mórmon sobre a caridade, o sétimo capítulo de Morôni diz-nos que a mais elevada das virtudes cristãs é mais corretamente denominada de “puro amor de Cristo”.

E permanece para sempre; e para todos os que a possuírem, no último dia tudo estará bem.

Portanto, (…) rogai ao Pai, com toda a energia de vosso coração, que sejais cheios desse amor que ele concedeu a todos os que são verdadeiros seguidores de seu Filho, Jesus Cristo; que vos torneis os filhos [e filhas] de Deus; que, quando ele aparecer, sejamos como ele, porque o veremos como ele é; (…) que sejamos purificados, como ele é puro. [Morôni 7:47–48]                                                                                                  
                                                                            

A verdadeira caridade, o absolutamente puro e perfeito amor de Cristo, só foi conhecido realmente uma única vez neste mundo: Na forma do próprio Cristo, o Filho vivo do Deus vivo. É o amor de Cristo que Mórmon descreve para nós, como fizera o Apóstolo Paulo alguns anos antes, escrevendo para os coríntios na época do Novo Testamento. Como em todas as coisas, Cristo é o único que o fez corretamente, com toda a perfeição, e amou como estamos tentando amar. Mas mesmo que não sejamos totalmente bem-sucedidos, esse padrão divino foi colocado diante de nós. É uma meta que devemos estar sempre nos esforçando para alcançar e, sem dúvida, uma meta à qual devemos continuar dando o devido valor.

E por falar nisso, quero lembrar que, conforme Mórmon ensinou claramente, esse amor, essa capacidade, aptidão e troca que tanto almejamos, é um dom. Ele nos é “concedido”, essa é a palavra usada por Mórmon. Ele não vem sem esforço ou sem paciência, mas, como a própria salvação, no final é um dom, concedido por
Deus para os “verdadeiros seguidores de seu Filho, Jesus Cristo”. As soluções dos problemas da vida sempre estão no evangelho. Não apenas as respostas são encontradas em Cristo, mas também o poder, o dom, a dádiva, o milagre de dar e receber essas respostas. Na questão do amor, nenhuma doutrina poderia ser mais encorajadora para nós do que essa.

Escolhi para título do meu discurso o maravilhoso verso da Sra. Browning: “Como eu amo você?” (Elizabeth Barrett Browning, Sonnets from the Portuguese, 1850, nº 43.) Não vou “contar as maneiras” nesta manhã, mas fico impressionado com a escolha que ela fez do advérbio: Não quando eu amo você, nem onde eu amo você, nem por que eu amo você, nem por que você não me ama, mas, sim, como.
Como eu demonstro meu amor, como eu revelo meu verdadeiro amor por você? A Sra. Browning estava
certa. O amor verdadeiro revela-se melhor no “como” o demonstramos, e é nisso que Mórmon e Paulo nos
ajudam muito.


O primeiro elemento do amor divino— o puro amor— ensinado por esses dois profetas é sua bondade, seu
altruísmo, a ausência do egocentrismo extremo e da vaidade. “A caridade é sofredora e é benigna e não é
invejosa e não se ensoberbece; não busca seus interesses.” (Morôni 7:45) Ouvi o Presidente Hinckley
ensinar pública e particularmente o que suponho que todos os líderes já disseram: Que a maioria dos
problemas no amor e no casamento, em última análise, começam com o egoísmo. Ao delinear o amor ideal do qual Cristo, que foi o homem mais altruísta que já viveu, é o maior exemplo, não admira que esse
comentário das escrituras comece por esse ponto.

Existem muitas qualidades que vocês desejam encontrar numa amizade ou num namoro sério—quanto mais
num cônjuge e companheiro eterno—mas sem dúvida a primeira e mais básica dessas qualidades serão a
preocupação e a sensibilidade para com o próximo, um mínimo de egocentrismo que permita que a compaixão e a cortesia se manifestem. “A melhor parte da vida de um homem é sua bondade”, disse o Sr. William Wordsworth. (Lines Composed a Few Miles Above Tintern Abbey, 1798, versos 33–35.) Existem muitas limitações em todos nós para as quais espero que nossos entes queridos fechem os olhos. Suponho que ninguém seja tão bonito e belo quanto desejaria, ou tão brilhante na escola ou tão inteligente no falar ou tão rico quanto desejaria ser, mas num mundo de talentos e fortunas variadas que nem sempre estão sob nosso controle, creio que isso torna mais atraentes as qualidades que podemos controlar: qualidades como ser prestativo, paciente, falar uma palavra bondosa, e demonstrar verdadeira alegria com a realização de outra pessoa.Essas coisas não nos custam nada, mas podem significar tudo para quem as recebe.


Gosto de como Mórmon e Paulo se expressam ao dizerem que a pessoa que ama de verdade não se ensoberbece. Ensoberbecer! Não é uma boa descrição? Vocês já viram alguém tão cheio de si que
parece um daqueles bonecos de comercial de doce? Fred Allen disse que viu um sujeito assim andando pela alameda dos namorados de mãos dadas consigo mesmo. O verdadeiro amor floresce quando nos preocupamos mais com a outra pessoa do que com nós mesmos. Esse é o grande exemplo da
expiação de Cristo para nós, e isso deveria ficar mais evidente na bondade que demonstramos, no respeito
que temos, no altruísmo e cortesia que expressamos em nosso relacionamento pessoal.

O amor é uma coisa frágil, e alguns elementos da vida podem quebrá-lo. Se não tivermos mãos carinhosas e
prestativas, muito mal pode ser feito. Entregar-nos totalmente para a outra pessoa, como fazemos no
casamento, é o maior ato de confiança que realizamos em qualquer relacionamento humano. É um verdadeiro
ato de fé, uma fé que todos precisamos estar dispostos a exercer. Se fizermos o que é certo, acabaremos
compartilhando tudo: todas as nossas esperanças, temores, sonhos, todas as nossas fraquezas e todas as
nossas alegrias com a outra pessoa.


Nenhum namoro sério ou noivado ou casamento vale a pena se não investirmos plenamente tudo que temos
nele, e ao fazê-lo confiarmos totalmente na pessoa que amamos. Não podemos ter sucesso no amor se ficarmos em cima do muro por motivo de segurança. A própria natureza da empreitada exige que nos agarremos um ao outro ao máximo e pulemos juntos na piscina. Nesse espírito, e no espírito do pedido de Mórmon pelo puro amor, quero incutir-lhes na mente a vulnerabilidade e a delicadeza do futuro de seu cônjuge ao ser colocado em suas mãos a fim de que seja protegido. Isso se aplica tanto ao homem quanto à mulher.

Minha mulher e eu estamos casados há quase 37 anos, apenas alguns anos a menos do dobro do tempo em
que vivemos sem ter um ao outro. Talvez eu não conheça tudo sobre ela, mas já a conheço há 37 anos, e
ela me conhece também pelo mesmo tempo. Sei o que ela gosta e o que ela não gosta, e ela me conhece
também. Conheço seus gostos e interesses, esperanças e sonhos, e ela sabe os meus. À medida que nosso amor cresceu e nosso relacionamento amadureceu, fomos ficando cada vez mais abertos um com o outro a
respeito de todas essas coisas.

O resultado foi que eu sei muito melhor agora como ajudá-la, e se eu me permitir, sei exatamente o que irá
magoá-la. Na sinceridade de nosso amor, um amor que não poderia ser realmente semelhante ao de Cristo sem essa devoção total, sem dúvida Deus me considerará responsável por toda dor que eu lhe causar caso venha a aproveitar-me dela ou magoá-la intencionalmente por ela confiar tanto em mim, tendo já há muito abandonado qualquer forma de autoproteção para que pudéssemos ser, como dizem as escrituras, “uma só carne”. (Gênesis 2:24) Se eu prejudicá-la ou impedir seu progresso de qualquer forma para meu benefício, por vaidade ou para ter domínio emocional sobre ela, imediatamente estarei desqualificando-me para ser seu marido. De fato, isso fará com que minha alma miserável fique encarcerada naquele grande e espaçoso edifício que Leí disse ser a prisão daqueles que vivem de acordo com suas “fantasias vãs” e o “orgulho do mundo”. (1 Néfi 11:36, 12:18) Não admira que o edifício esteja no extremo oposto da árvore
da vida que representa o amor de Deus! Em todas as coisas, Cristo jamais foi invejoso ou orgulhoso, jamais se deixou dominar por Suas próprias necessidades. Nenhuma vez sequer Ele buscou levar vantagem às custas dos outros. Ele Se deleitava na felicidade das outras pessoas, a felicidade que Ele podia proporcionar-lhes. Ele era sempre bondoso.

Num relacionamento de namoro, não gostaria que vocês passassem cinco minutos sequer com alguém que
os menosprezasse, que os criticasse constantemente, que fosse cruel com vocês e chamasse isso de humor. A vida já é suficiente árdua sem que a pessoa que deveria amá-los lidere o ataque à sua auto-estima, seu senso de dignidade, sua confiança e sua alegria. Quando estiver aos cuidados dessa pessoa, vocês merecem sentir-se física e emocionalmente seguros.

Os membros da Primeira Presidência ensinaram que “toda forma de abuso mental ou físico praticado contra
qualquer mulher não é algo digno de um portador do sacerdócio”, e “nenhum homem que possua o
sacerdócio de Deus [deve] abusar ou maltratar sua esposa de qualquer forma, [ou] menosprezá-la,
prejudicá-la ou tirar vantagem indevida de [qualquer] mulher”, e isso inclui amigas, namoradas e noivas, não
apenas a esposa”. (James E. Faust, “The Highest Place of Honor”, Ensign, maio de 1988, p. 37; e Gordon B. Hinckley, “Reach Out in Love and Kindness”, Ensign, novembro de 1982, p. 77.)

Se vocês forem sair para comer pizza ou jogar tênis, façam-no com alguém que proporcione diversão boa e
digna. Mas se tiverem um relacionamento sério, ou estiverem planejando ter um relacionamento sério,
encontre alguém que os inspire a dar o melhor, e não alguém que inveje seu sucesso. Encontrem alguém que
sofra quando vocês sofrerem, e que sinta a felicidade de vocês como se fosse a própria.


A segunda parte desse sermão tirado das escrituras que se encontra em Morôni 7:45 declara que a verdadeira caridade, o verdadeiro amor, “não se irrita facilmente, não suspeita mal e não se regozija com a iniqüidade”. Pensem em quantas discussões poderiam ser evitadas, quantos sentimentos feridos poderiam ter sido poupados, quanta frieza e indiferença poderiam ter fim, e nos casos piores, quantas separações e divórcios poderiam ser evitados se não fôssemos tão facilmente irritáveis, se não suspeitássemos mal um do outro, e se não apenas não nos regozijássemos na iniqüidade, mas sequer nos regozijássemos nos pequenos erros.

Acessos de raiva não são bonitos de se ver nem mesmo nas criancinhas; são algo desprezível em adultos, em
particular em adultos que supostamente se amam. Somos muito facilmente provocados; somos demasiadamente propensos a pensar que nosso cônjuge deseja ferir-nos ou tem intenção de fazer-nos mal; e numa reação defensiva ou invejosa, muito freqüentemente nos regozijamos quando o vemos cometer um erro e encontramos uma falha nele. Precisamos disciplinar-nos a esse respeito e agir com um pouco mais de maturidade. Mordam a língua, se for preciso. “Melhor é o que tarda em irar-se do que o poderoso, e o que controla o seu ânimo do que aquele que toma uma cidade.” (Provérbios 16:32) Uma das diferenças entre um casamento tolerável e um excelente é essa disposição que existe no casamento excelente em deixar algumas coisas passar sem comentários, sem resposta.


Já mencionei Shakespeare em meu discurso. Num discurso sobre amor e romance, vocês poderiam esperar
uma referência a Romeu e Julieta. Mas gostaria de mencionar uma história muito menos virtuosa. Em
Romeu e Julieta, o desfecho foi resultado da inocência perdida, um erro trágico entre duas famílias que
deveriam ter-se conhecido melhor. Mas na história de Otelo e Desdêmona, a miséria e a destruição foram
arquitetados, foram maldosamente incitados desde o início. De todos os vilões criados por Shakespeare, e
talvez de toda a literatura, não há nenhum que eu despreze mais do que Iago. Até seu nome soa maligno
para mim, ou pelo menos tornou-se assim para mim. E qual foi o mal por ele cometido, e a quase
indesculpável suscetibilidade de Otelo a esse mal? Foi a violação de Morôni 7 e I Coríntios 13. Entre outras
coisas, eles procuraram o mal onde este não existia, abraçaram uma iniqüidade imaginária. Os vilões dessa
história não se regozijaram “na verdade”. A respeito da inocente Desdêmona, Iago disse, “Transformarei sua
virtude em escória; / E com sua própria bondade farei a rede / Que a todos há de emaranhar”. (William
Shakespeare, Othello, ato 2, cena 3, versos 366–368.) Semeando a dúvida e uma diabólica insinuação,
jogando com o ciúmes, engodo e, por fim, a fúria assassina, Iago provoca Otelo, fazendo com que tire a
vida de Desdêmona—a virtude transformada em escória, e a bondade distorcida numa rede fatal.

Agora, graças aos céus, aqui neste vale feliz, não estamos falando hoje sobre infidelidade, seja real ou
imaginária, ou sobre assassinato, mas num ambiente de ensino universitário, procuremos aprender as lições
ensinadas. Pensem o melhor uns dos outros, em particular daqueles que vocês dizem amar. Assumam o
bem e duvidem do mal. Incentivem em si mesmos o que Abraão Lincoln chamou de “a melhor parte de
nossa natureza”. (Primeiro Discurso Inaugural, 4 de março de 1861.) Otelo poderia ter sido salvo mesmo
no último momento, quando beijou Desdêmona, e a pureza dela era tão evidente. “Esse [beijo] quase
persuade/A justiça a quebrar sua espada!” disse ele. (Ato 5, cena 2, versos 16–17.) Bem, ele a teria poupado da morte e evitado seu próprio suicídi o se tivesse quebrado o que considerava ser a espada da justiça naquele momento, em vez de usá-la contra ela. Essa tragicamente triste história elizabetana poderia ter tido um final feliz e belo, se simplesmente um homem, que então influenciou outro, não tivesse pensado mal, não tivesse se regozijado na iniqüidade, mas, sim, na verdade.            

Em terceiro e último, os profetas nos dizem que o verdadeiro amor “tudo sofre, tudo crê, tudo espera,
tudo suporta”. (I Coríntios 13:7) Novamente, essa é a descrição final do amor de Cristo: Ele é o grande exemplo de alguém que sofre, crê, espera e suporta.Somos convidados a fazer o mesmo em nosso namoro
e casamento, da melhor maneira que pudermos. Suportem e sejam fortes. Tenham esperança e fé.
Existem algumas coisas na vida sobre as quais temos pouco ou nenhum controle. Elas precisam ser
suportadas. Alguns desapontamentos precisam ser suportados no amor e no casamento. São coisas que
ninguém quer na vida, mas elas às vezes acontecem. E quando acontecem, temos que suportá-las; temos
que crer; temos que ter esperança no final desses sofrimentos e dificuldades; temos que suportar até
que todas as coisas se acertem no final.

Um dos grandes propósitos do verdadeiro amor é ajudar-nos mutuamente nesses momentos. Ninguém
deveria ter de enfrentar essas provações sozinho. Podemos suportar quase qualquer coisa se tivermos
alguém a nosso lado que realmente nos ame, que nos alivie o fardo e amenize a carga. A esse respeito, um
amigo que faz parte do corpo docente da BYU, o Professor Brent Barlow, disse-me há alguns anos a
respeito da linha de flutuação dos navios.

Quando jovem, na Inglaterra, Samuel Plimsoll ficou fascinado ao ver os navios serem carregados e
descarregados. Logo descobriu que independentemente do espaço disponível para carga, cada navio tinha sua capacidade máxima. Se um navio excedesse seu limite, provavelmente afundaria no mar. Em 1868, Plimsoll assumiu um lugar no Parlamento e criou uma lei para a navegação mercante que, entre outras coisas, exigia que fosse calculada a capacidade de carga de cada navio. Como resultado, foram desenhadas linhas de flutuação no casco de todos os navios da Inglaterra. À medida que a carga era colocada no navio, o cargueiro afundava cada vez mais na água. Quando o nível da água no lado do navio atingia a linha de flutuação, chamada de marca Plimsoll, o navio tinha atingido sua capacidade máxima, independentemente do espaço que ainda restasse. Como resultado, o número de mortes no mar diminuiu muito na Inglaterra.

Tal como os navios, as pessoas têm uma capacidade diferente a cada momento ou dia da vida. Em nossos
relacionamentos, precisamos estabelecer nossa própria linha de flutuação e ajudar a identificá-la na vida da
pessoa que amamos. Juntos, precisamos monitorar o nível de carga e ser prestativos em aliviar ou pelo  menos reajustar parte da carga, se percebermos que a pessoa que amamos está afundando. Então, quando o
navio do amor estiver estabilizado, podemos avaliar o que deve continuar a longo prazo, o que pode ser
deixado de lado para outro momento, e o que deve ser definitivamente descartado. Em nosso relacionamento
de amizade, namoro ou casamento precisamos ser capazes de monitorar o nível de estresse da outra  pessoa e reconhecer as diferentes épocas e estações da vida. Precisamos dizer um ao outro alguns limites e
depois ajudar a descarregar algumas coisas, se a saúde emocional e a força do relacionamento amoroso
estiverem sob risco. Lembrem-se de que o puro amor “tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta” e ajuda o ser amado a fazer o mesmo.                                              


Para terminar. No testemunho final de Mórmon e Paulo, eles declaram que “a caridade [o puro amor]
nunca falha”. (Morôni 7:46; I Coríntios 13:8.) Ele permanece firme nos bons e maus momentos. Suporta
o sol e a chuva, as tristezas mais profundas e as alegrias. Ele nunca falha. Foi assim que Cristo nos
amou, e é assim que Ele espera que nos amemos um ao outro. Numa mensagem final para todos os Seus
discípulos de todas as épocas, Ele disse: “Um novo mandamento vos dou: Que vos ameis uns aos outros;
como eu vos amei a vós, que também vós uns aos outros vos ameis”. (João 13:34; grifo do autor.) É claro que essa capacidade de suportar semelhante à de Cristo no romance e no casamento exige mais do que todos temos realmente. Exige algo mais, uma investidura do céu. Lembrem-se da promessa de Mórmon de que esse amor, o amor pelo qual todos ansiamos e ao qual nos apegamos, é “concedido” aos “verdadeiros seguidores  de Cristo”. Vocês querem a capacidade e a segurança no namoro, no romance, na vida de casados e na eternidade? Sejam verdadeiros discípulos de Jesus. Sejam santos dos últimos dias genuínos,
comprometidos, em palavra e ação. Acreditem que sua religião tem tudo a ver com seu romance, porque isso é verdade. Estarão arriscando-se se separarem o namoro de sua condição de discípulos. Ou seja, expressando em termos mais positivos, Jesus Cristo, a Luz do Mundo, é a única lâmpada pela qual vocês podem efetivamente ver o caminho do amor e da felicidade para vocês e para seu ente querido. Como eu devo amar você? Como Ele o fez, porque esse modo “nunca falha”. Presto testemunho disso e expresso meu amor por vocês e por Ele, no sagrado nome do Senhor Jesus Cristo. Amém.                                                                                  
                                                                              
                                                                      
                                                                      

Um comentário:

  1. isso me lembra de uma frase que ouvi da sister Oaks: "antes de buscar um bom casamento, torne-se um discípulo de Cristo e isso será concedido corretamente." Foi algo mais ou menos assim...

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