domingo, 16 de janeiro de 2011



Parábola do Tesouro e das Chave



Certa vez um homem recebeu, como herança, duas chaves. 
A primeira, foi-lhe dito, abria uma caixa-forte que ele deveria proteger a todo custo. 
A segunda era para um cofre que estava dentro da caixa-forte e que continha um tesouro inestimável. 
Ele deveria abrir esse cofre e usar livremente as coisas preciosas ali guardadas. Foi advertido de que muitos procurariam roubar-lhe a herança. Foi-lhe prometido que, se usasse o tesouro dignamente, este seria reabastecido e nunca diminuiria, por toda a eternidade. 
O homem seria testado. Se usasse o tesouro para benefício de outros, suas próprias bênçãos e alegria aumentariam.O homem dirigiu-se sozinho à caixa-forte. 
A primeira chave abriu a porta. Ele tentou abrir o tesouro com a outra chave, mas não conseguiu, pois havia dois cadeados no cofre. A sua chave, sozinha, não o abriria.Por mais que tentasse, não conseguiu abri-lo. Estava confuso. Recebera as chaves. Sabia que o tesouro era seu, por direito. 
Obedecera às instruções, mas não conseguia abrir o cofre. Num determinado momento, apareceu uma mulher na caixa-forte. Ela também tinha uma chave; era uma chave diferente da que ele possuía. 
A chave dela serviu no outro cadeado. Isso fez com que ele humildemente reconhecesse que não poderia obter sua herança, por direito, sem ela. Eles fizeram um convênio de que, juntos, abririam o
tesouro e, conforme prometido, ele vigiaria a caixaforte e a protegeria. Ela por sua vez, vigiaria o tesouro.
Ela não ficava preocupada por ele, como guardião da caixa-forte, ter as duas chaves, pois seu objetivo era garantir que ela estivesse em segurança enquanto vigiava aquilo que era muito precioso para ambos.
Juntos eles abriram o cofre e partilharam da herança.
Alegraram-se pois, como prometido, o tesouro não se esgotava. Com grande alegria descobriram que podiam passar o tesouro para seus filhos, que cada um poderia receber a medida plena, sem que diminuísse, até a ultima geração.
Talvez alguns de sua posteridade não encontrassem um companheiro que possuísse a chave complementar, ou alguém digno e desejoso de cumprir os convênios relacionados ao tesouro. Não obstante, se eles guardassem os mandamentos, não lhes seria negada nem a menor das bênçãos.
Como alguns tentaram levá-los a fazer mau uso de seu tesouro, eles foram cuidadosos ao ensinar seus filhos sobre as chaves e convênios. Mais tarde apareceram, entre os de sua posteridade, alguns que foram enganados, ficaram enciumados, ou se tornaram egoístas porque a um foram dadas duas chaves e a outro só uma. “Por que”, os egoístas perguntaram, “o tesouro não pode ser só meu, para que eu o use do jeito que desejar?”.
Alguns tentaram moldar a chave que receberam, no formato da outra. Talvez, pensaram, ela poderia servir nos dois cadeados. E assim o cofre foi fechado para eles. Suas chaves remoldadas eram inúteis e sua herança foi perdida.
Aqueles que receberam o tesouro com gratidão e obedeceram às leis referentes a ele, receberam alegria sem limites nesta vida e por toda a eternidade.



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